O último artigo da série de posts sobre reputação é sobre influenciadores – a reputação dos influenciadores. Este tema não poderia faltar aqui: as grandes marcas/anunciantes afluem como chuva em busca do alcance e grau de influência que eles têm. Mas se a reputação deles for afetada, adeus patrocínios e investimentos.
O curioso é que muitos influenciadores nem avaliam o risco. Acreditam que o maior problema vem dos “haters”. Mas a história mostra que os maiores danos costumam nascer de erros cometidos por eles mesmos.
Exemplos não faltam: falhas de conduta, posturas irresponsáveis e decisões impensadas já arruinaram carreiras promissoras — e mostram que influência sem estratégia pode custar caro.
A reputação dos influenciadores em risco
Monark, ex-integrante do podcast Flow, perdeu contratos e parcerias depois de declarações polêmicas que ultrapassaram o limite da opinião e tocaram em temas sensíveis. Karol Conká viu sua imagem despencar após atitudes controversas durante o “Big Brother Brasil”, o que levou à perda de seguidores, cancelamentos e contratos suspensos.
Até Viih Tube, uma das maiores criadoras de conteúdo do país, enfrentou desgaste por comportamentos vistos como falsos e manipuladores no início da carreira, o que atrasou sua consolidação no mercado.
As grandes marcas enxergam os influenciadores como “tracionadores” de mídia”. Isso significa que eles não apenas ampliam o alcance das campanhas, mas também exercem influência real sobre comportamentos e decisões de compra. Qualquer deslize que comprometa essa credibilidade afeta diretamente a relação com anunciantes e pode levar à perda de contratos, ao afastamento de oportunidades e ao rompimento de parcerias estratégicas. Nesse mercado, reputação não é detalhe: é ativo central do negócio.
A atitude mais inteligente nesses casos envolve buscar ajuda profissional. Especialistas em gerenciamento de crise, ou seja, assessores de imprensa e consultores de reputação ajudam a mapear riscos, definir mensagens estratégicas e reconstruir pontes com a audiência.
No mundo digital, reputação se tornou o maior ativo de um influenciador — e também o mais frágil. Cuidar dela com planejamento e consciência deixou de ser luxo e virou questão de sobrevivência.

