A indústria de robôs humanoides vai movimentar os escritórios de advocacia e agências de PR

A indústria de robôs vai movimentar os escritórios de advocacia

A indústria de robôs humanoides vai movimentar os escritórios de advocacia. Depois de registrarmos aqui sobre a primeira fábrica de robôs humanoides em massa nos deparamos com a seguinte notícia na home da CNBC: “Ex-funcionário processa a Figure AI alegando que alertou a startup que seus robôs humanoides podem fraturar um crânio humano”.

O autor da ação é o ex-engenheiro-chefe de segurança robótica (guarde o nome deste novo tipo de emprego) Robert Gruendel. Seus advogados entraram com uma ação em um tribunal federal na Califórnia dizendo que a empresa “demitiu seu cliente em setembro, dias depois de apresentar suas reclamações de segurança diretamente à empresa e amplamente documentadas”.

A reclamação é impressionante: Gruendel alertou os principais executivos da Figure AI que os robôs humanoides da empresa “eram fortes o suficiente para fraturar um crânio humano”. E deu detalhes (sobre o “estrago” que o robô pode fazer aos humanos): disse que viu um deles “fazer um rasgo de 6 mm na porta de aço de uma geladeira durante uma falha”.

Olha só a encrenca. A Figure AI localiza-se em San Jose, California e tem Brett Adcock como seu fundador. A Figure AI tem avaliação de US$ 39 bilhões e conquistou o apoio da Nvidia, Jeff Bezos e Microsoft. Veja aqui o site da empresa, é alucinante de moderno. Clique na aba “Figure 03” para ver o robô da Figure AI em ação e se delicie com os detalhes (peso, tempo de bateria, altura etc.).

Brett Adcock e os robôs humanoides

Brett é o que se chama de “empreendedor em série” e visionário da tecnologia. Fundou várias empresas como a Archer Aviation e Vettery, e mais recentemente no setor de robôs humanoides e inteligência artificial – a Figure AI. Ele tem um histórico de criação de empresas de “coisas impossíveis” com um foco prático.

O alerta de Gruendel é no sentido que as fábricas terão de se preocupar em criar mecanismos que evitem que os robôs humanoides tenham seus minutos de “surto” (defeito) que podem colocar em risco a vida humana. Faz sentido?

Gründel, relata a CNBC, “temia que um plano de segurança do produto que contribuiu para a decisão de investimento tivesse sido “desmantelado no mesmo mês em que a Figure AI concluiu a rodada de investimentos, uma ação que “poderia ser interpretada como fraudulenta”, afirma o processo.

Agora Gründel busca indenização por danos materiais, morais e punitivos e exige um julgamento por júri. A CNBC publicou a resposta do porta-voz da Figure informando que demitiu Gruendel por “baixo desempenho” e que suas “alegações são falsas e a Figure AI irá refutar completamente o caso no tribunal”.

Dá uma olhada na matéria da CNBC, aqui.

PS.: Pensando bem não serão apenas os escritórios de advocacia que vão ganhar com esta nova indústria. O mercado de relações públicas (PR) também. 

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