7 exemplos de clickbait

7 exemplos de clickbait

Essa semana uma manchete chamou a atenção: George Clooney está com Alzheimer e se prepara para a eutanásia. Ao clicar, o usuário logo percebe que não: o ator interpreta um personagem com estas características. O assunto do blog de hoje é sobre práticas de clickbait.

As primeiras páginas da home de um portal ou site de notícias seguem uma ordem planejada em que os títulos das matérias são rigorosamente estudados. Por muitas vezes, alguns destes títulos são “clickbaits”, ou seja, iscas espalhafatosas para que as matérias sejam lidas e haja engajamento.

Um bom título decide se um conteúdo será ignorado ou viralizará em poucos minutos. Existe uma pressão por resultados, por cliques, em todos os portais.

A pressão para chamar atenção abriu espaço para uma prática polêmica e amplamente disseminada. Títulos construídos para apenas gerar cliques penaliza a precisão e a honestidade editorial. A verdade é que as plataformas, marcas e veículos jornalísticos enfrentam hoje um dilema: como criar títulos fortes sem sacrificar a credibilidade das marcas?

Ferramentas de clickbait

Há editores que trabalham de olho em ferramentas que mapeam e medem esse fenômeno. Plataformas como CoSchedule Headline Analyzer, AIOSEO Headline Analyzer, Nyckel Clickbait Identifier, YesChat AI Clickbait Analyzer e BaitWatcher usam modelos de IA e análise semântica para identificar padrões que indicam isca de clique. Elas mostram o quanto um título exagera, promete mais do que entrega ou induz curiosidade de forma artificial — elementos que, combinados, explicam por que determinados links explodem nas redes sociais.

A ciência por trás dos títulos virais tem base em sete características recorrentes. A primeira é o uso de palavras interrogativas — “o que”, “como”, “por que” — que despertam desejo imediato de saber a resposta. A segunda são listas e numerais, que organizam a informação de forma fácil de consumir e aumentam a expectativa de praticidade. A terceira envolve adjetivos demonstrativos, como “este” ou “essa”, que criam sensação de exclusividade.

A quarta característica é o uso de superlativos: “melhor”, “incrível”, “chocante”, que amplificam a promessa emocional. A quinta explora verbos de possibilidade ou obrigação, como “pode”, “deve” ou “precisa”, que sugerem urgência. A sexta está no chamado “curiosity gap”, ou “lacuna de curiosidade”: o título insinua algo, mas não revela completamente, forçando o clique. A sétima — e mais perigosa — é a desconexão entre título e conteúdo (caso da chamada sobre o George Clloney), quando a promessa não se cumpre.

Reputação em risco

Esse conjunto cria títulos altamente clicáveis, mas também alimenta desconfiança quando usado de forma irresponsável. No ambiente jornalístico e corporativo, clickbait em excesso prejudica a reputação, aumenta a taxa de rejeição e mina a confiança da audiência. Por isso, cresce o interesse em usar ferramentas de análise para equilibrar atratividade e transparência.

Num mercado saturado de informações, ganhar a atenção do leitor continua essencial. A diferença entre uma boa manchete e uma isca enganosa está no compromisso com o conteúdo real. Títulos bem construídos podem atrair cliques sem precisar enganar — e isso, no longo prazo, vale mais que qualquer explosão momentânea de tráfego.

PS.: o título deste blog utilizou uma prática de clickbait como exemplo.

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