Os aplicativos de design tipo Canva e agentes de IA (inteligência artificial) vão acabar ou ressuscitar as agências de design?
O fato é que estas ferramentas democratizaram o acesso ao design. Pequenos negócios, influenciadores e empreendedores produzem peças gráficas em minutos, com baixo custo e relativa qualidade. Essa facilidade levanta a dúvida: ainda faz sentido contratar uma agência se qualquer pessoa pode criar posts e apresentações com poucos cliques?
Aqui na 140 Online (e em nossa sister company, a 140 Design, que opera nos EUA) temos uma certeza: os aplicativos são ótimos como ponto de partida e como eficientes auxiliares para os profissionais de criação e entregam soluções rápidas e funcionais. Mas só vai até aí.
Canva não substitui estratégia
Recursos como Canva, embora poderosos, não substituem a construção estratégica de identidade visual, branding e campanhas integradas.
Agências oferecem visão criativa alinhada ao negócio, conhecimento de mercado e capacidade de transformar estética em comunicação efetiva. O valor não está só na execução da peça, mas na consistência da mensagem e no impacto sobre o público.
E mais: nada substitui o olhar treinado de um bom designer. Não há template que consiga traduzir e entregar peças de bom gosto para clientes de luxo, que são extremamente exigentes.
A equação também se aplica a um designer que não tem formação e sofisticação no olhar: que tipo de curadoria se espera de um profissional limitado e sem talento para trabalhar marcas de luxo?
Enfim, em nossa visão essas tecnologias podem atuar como catalisadores de transformação. Agências que adotam IA e ferramentas colaborativas conseguem acelerar processos, reduzir custos e dedicar mais energia ao pensamento estratégico e à inovação.
Nesse cenário, o design não morre, evolui. As empresas que entenderem isso poderão ressurgir mais fortes, posicionando-se como parceiras criativas em um mundo cada vez mais automatizado.

