Não é usual um blog publicar temas polêmicos ou controversos. Mas aqui na agência de marketing dgital 140 Online não nos curvamos e levantamos o tema: como o mercado percebe a publicidade nos novos tempos de reação conservadora?
Primeiro uma constatação: o mundo está dividido, polarizado.
Em nossa visão, a publicidade enfrenta um novo teste de equilíbrio em meio ao avanço de movimentos conservadores que desafiam pautas progressistas antes celebradas pelo setor.
Após anos de campanhas voltadas à diversidade, ESG, inclusão e representatividade, marcas agora lidam com uma crescente polarização social. Enquanto parte do público exige coerência com valores progressistas, outra parcela pressiona por abordagens mais “neutras” ou alinhadas a tradições familiares e religiosas.
Reação conservadora: boicotes em redes sociais
Grandes anunciantes se veem obrigados a repensar seus discursos. Exemplos recentes mostram recuos estratégicos após boicotes em redes sociais, especialmente nos Estados Unidos e no Brasil.
Ao mesmo tempo, omitir-se também gera críticas, principalmente entre os consumidores mais jovens, que cobram posicionamento social das empresas.
Essa tensão revela um mercado dividido, em que qualquer gesto carrega implicações econômicas e simbólicas.
Nesse cenário, agências e departamentos de marketing enfrentam o desafio de traçar uma publicidade que dialogue com diferentes públicos sem diluir a identidade da marca.
Ser ousado ou conservador nos criativos? O fato é que a busca por equilíbrio entre convicção e pragmatismo se tornou uma arte delicada.
Em vez de slogans vazios, cresce a demanda por coerência e coragem — seja para reafirmar compromissos sociais ou para justificar uma eventual neutralidade com argumentos transparentes.

